A obrigatoriedade de realizar o inventário de gases de efeito estufa (GEE) e a compensação de emissões varia de acordo com a legislação e o setor de atuação. Inventário de GEE: Atualmente no Brasil, a obrigatoriedade de elaborar e publicar o inventário de GEE está prevista para algumas categorias de empresas e setores específicos, especialmente aquelas listadas em determinadas regulamentações ou que buscam financiamentos e certificações específicas. Com a iminente implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), através do PL 25.024/2024, o inventário se tornará uma exigência fundamental para um número muito maior de empresas, que deverão monitorar, relatar e verificar suas emissões para participar do mercado regulado. Além disso, muitas empresas realizam o inventário de forma voluntária para atender a requisitos de mercado, investidores, relatórios de sustentabilidade (ESG) e para identificar oportunidades de redução.

A compensação de emissões não é universalmente obrigatória, mas tem se tornado uma prática cada vez mais relevante e valorizada. Ela é exigida em cenários específicos, como: Eventos: Muitos eventos buscam ser carbono neutro, exigindo a compensação das emissões geradas. Projetos e Produtos Carbono Neutro: Empresas que desejam certificar seus produtos ou operações como carbono neutro precisam compensar as emissões residuais. Metas Voluntárias: Companhias com metas ambiciosas de sustentabilidade ou de Net Zero utilizam a compensação como parte de sua estratégia para neutralizar emissões que não podem ser totalmente evitadas ou mitigadas internamente. Exigências de Stakeholders: Investidores, clientes e consumidores estão cada vez mais exigindo compromissos climáticos e ações de compensação de emissões por parte das empresas. Mesmo quando não há obrigatoriedade legal, a realização do inventário e a compensação de emissões são passos estratégicos para a gestão de riscos climáticos, a inovação e o posicionamento da sua marca no mercado.